
O Dia do Trabalhador e Trabalhadora, celebrado em 1º de maio, é uma data emblemática que convida à reflexão sobre as conquistas dos trabalhadores e os desafios ainda presentes no mercado de trabalho brasileiro.
É um momento para reconhecer os avanços obtidos por meio de lutas históricas e, ao mesmo tempo, enfrentar as persistentes desigualdades que impactam milhões de profissionais no país.
Comemorado em diversos países, o Primeiro de Maio marca a luta por direitos trabalhistas e melhores condições de trabalho. No Brasil, o feriado é celebrado há mais de 100 anos e reforça a importância da valorização da classe trabalhadora.
A escolha do 1º de maio como o Dia do Trabalhador remonta a um episódio marcante da história do trabalho: em 1886, trabalhadores em Chicago, nos Estados Unidos, organizaram uma greve geral exigindo a redução da jornada para oito horas diárias. Apesar da forte repressão e violência, a mobilização ficou marcada como um símbolo de resistência e tornou-se um marco internacional da luta trabalhista.
Avanços e desafios no mercado de trabalho brasileiro
Nos últimos anos, o Brasil registrou avanços significativos na redução da desigualdade social. Em 2024, por exemplo, a renda do trabalho dos 10% mais pobres cresceu 10,7% — um ritmo 50% superior ao registrado entre os 10% mais ricos (6,7%). Esse desempenho resultou na maior redução da desigualdade dos últimos anos.
Apesar dos progressos, a desigualdade racial continua sendo um grande obstáculo. De acordo com dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), no segundo trimestre de 2024, a taxa de desemprego entre mulheres negras foi de 10,1%, mais que o dobro da registrada entre homens não negros (4,6%).
Além disso, o rendimento médio de trabalhadores negros é 40% inferior ao dos não negros. Mesmo entre os que possuem ensino superior, os negros recebem até 32% menos do que colegas com o mesmo nível de escolaridade.
Desigualdade de gênero e barreiras à liderança feminina
As mulheres representam uma parcela significativa da força de trabalho no Brasil, mas ainda enfrentam barreiras estruturais para alcançar cargos de liderança. Dados do IBGE revelam que apenas 39% dos cargos gerenciais são ocupados por mulheres — número ainda menor quando se considera mulheres negras.
Fatores como preconceito de gênero, ausência de políticas de incentivo e sobrecarga com tarefas domésticas contribuem para a exclusão feminina em posições de decisão.
Promover a equidade de gênero requer repensar os critérios de promoção, valorizar a liderança feminina e construir ambientes de trabalho realmente inclusivos.
Racismo estrutural e suas consequências
As disparidades salariais e de acesso a oportunidades refletem o racismo estrutural presente na sociedade brasileira. Esse sistema de desigualdades historicamente construído perpetua a exclusão de grupos como negros e indígenas em áreas como educação, saúde, segurança e emprego.
O papel das empresas na promoção da equidade
As empresas têm um papel essencial na construção de um mercado de trabalho mais justo e inclusivo. Isso inclui a adoção de políticas de diversidade e inclusão, promoção de igualdade de oportunidades e implementação de programas de capacitação profissional voltados a grupos historicamente marginalizados.
Ao promover a equidade, as organizações não apenas contribuem para a justiça social, mas também fortalecem sua própria sustentabilidade e reputação no mercado.
Nosso compromisso com a justiça e a equidade
Na Juri Capital, reafirmamos nosso compromisso com a promoção da justiça e da equidade no mercado de trabalho. Acreditamos que um ambiente profissional justo, diverso e inclusivo é fundamental para o desenvolvimento sustentável da sociedade.
Neste Dia do Trabalhador e Trabalhadora, celebramos as conquistas dos empregados e renovamos nosso empenho em combater desigualdades, defender direitos e promover um mercado mais igualitário e acessível para todos.